Bio (PORT)
Fabio Costa (São Paulo, 1971) iniciou sua trajetória musical ao 9 anos através do piano e da composição; profissionalizou-se como oboísta e realizou estudos de regência orquestral na prestigiosa Academia de Música de Viena – adquirindo larga experiência como regente (EUA, Brasil) e pianista colaborador (Alemanha). Como compositor, é vencedor de importantes concursos e desenvolve atividade internacional na área da microtonalidade harmônica.
Seu interesse precoce pela composição levou a um variado repertório de obras mas também prêmios importantes: é vencedor do Concurso de Composição Claudio Santoro 2009 da Academia Brasieilra de Música com a oba „Salmos da Terra“, uma cantata coral que já utiliya a microtonalidade harmônica; seu „Prelúdio para Orquestra“ foi estreado sob sua regência em 2009; Costa é um dos premiados da XIX Bienal de Música Brasileira Contemporânea (FUNARTE) com „Em Quatro Dimensôes“ para grande orquestra. Sua exploração do temperamento igual de 31 notas enseja a continuada colaboração com a Fundação Huygens-Fokker: seu „Madrigal Aforístico“ para SATB soli e Órgão Fokker recebeu sua estréia em 2015 no Muziekgebouw em Amsterdam sob sua regência; e em 2017 sua „….and while there he sighs….“ teve lá sua primeira audição mundial.
Fabio Costa realiza aprofundada pesquisa musical por um lado focada em aspectos teóricos da microtonalidade harmônica – sistemas de afinação, temperamentos iguais, suas possibilidades harmônicas e enarmônicas, notação – e por outro, explorando as possibilidades para uma efetiva prática musical microtonal, por exemplo por meios eletrônicos através de síntese eletro-acústica com o uso de teclados isomóficos/generalizados e mais recentemente, por meio do instrumento de sopro eletrônico (EWI): “Short piece in 72-ED2”. Uma área de pequisa especial volta-se à investigação das pouco estudadas sequências frequenciais aritméticas, estruturas relacionadas ao fenômeno dos sons residuais, o que abre novas perspectivas para a compreensão e exploração da harmonia; isto inspirou a sua obra eletroacústica “Etude on Difference Tones: Minor Thirds” (2022).
Costa atuou entre 2020 e 2021 na qualidade de pianista colaborador para a classe de oboé da Universidade das Artes (UdK) de Berlim assim como no departamento vocal (2016-2021) da Escola Superior de Música de Leipzig (HMT), onde ele adicionalmente assumiu a direção musical e regência frente a produções do estudio de ópera: "Postcard form Morocco“ (Argento) em 2018, "Le Portrait de Manon“ (Massenet) em 2019, “Klassische Moderne“ com a 4 óperas curtas: "Hin und Zurück“ (Hindemith), "Schwergewicht…“ (Krenek) "Fürwahr“ e "Witwe von Ephesus“ (K. A. Hartmann) em 2020; demais obras preparadas e executadas ao piano incluíram : "Kommilitonen“ (Peter M. Davies), "Ende einer Zeit“ and "Der Landartzt“ (H.W.Henze), "La Verità in Cimento“ (Vivaldi) e "Turandot“ (Puccini + obras contemporâneas). Entre 2016 e 2018 Fabio Costa exerceu a posição de pianista colaborador no departamento vocal da própria UdK em Berlim, onde ele assumiu a preparação musical e acompanhamento de "La voix Humaine“ (Poulenc), "Angelique“ (Ibert) e "L’heure Espagnole“ (Ravel) assim como a preparação de "Angels in America”(Eötvös). Desde 2016, Fabio Costa atua intensamente como pianista colaborador na área da Chanson, colaborando com diversos intérpretes e também pedagogicamente com Gina Pietsch – chansonière e especialista em Brecht – e com o diretor cênico Peter Wittig (VHS Lichtenberg, VHS Neukölln, Babelsberg Film-Universität).
Entre 2011 e 2013 Fabio Costa fundou e geriu um empreendimento musical com grande sucesso em São Paulo, a Muzikant Produções, estando à frente de centenas de performances com mais de 400 arranjos musicais próprios para formações câmerísticas em um amplo leque estilístico.
Como Regente Assistente da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais a convite de seu maestro titular Fabio Mechetti em sua construção durante seus primeiros anos de existência (2008-2009), Fabio Costa regeu mais de 60 performances para um público estimado em mais de 80 mil pessoas: concertos das séries principais, didáticos, incluindo mais de 30 concertos em turnês estaduais – assim como ópera.
Fabio Costa foi regente convidado junto a várias orquestras brasileiras: Orquestra Sinfônica do Paraná, Orquestra Experimental de Repertório, Sinônica Jovem do Estado de SP, Orquestra Petrobrás Sinfônica, Sinfonia Cultura, Orquestra Sinfônica da USP, na Argentina com a Orquestra Sinfônica de Mendoza (UnCuyo) e no Festival de Frutillar da Fundação Teatro del Lago, Chile.
Costa esteve à frente de produções operísticas em Teatros como a Ópera de Manaus (2007) com a regência de “Fosca” (Carlos Gomes) durante o Festival de Ópera daquele ano, quando ainda foi pianista preparador em “Gianni Schicchi“ (Puccini), "La Gioconda“ (Ponchieli), "Otello“ (Verdi) e "Werther“ (Massenet); em 2009, Fabio Costa assumiu a regência de “Macbeth” (Verdi) no Palácio das Artes, Belo Horizonte.
Em 2000, Costa foi selecionado entre mais de 60 candidatos para a posição conjunta de Regente Associado da Orquestra Sinfônica de Spokane e Diretor de Orquestras da Eastern Washington University no estado de Washington, EUA – lá atuando até 2003 na regência de mais de 70 concertos sinfônicos entre gala, “pops”, familiares e didáticos em um amplo espectro musical para um público inlcuindo mais de 70 mil pessoas. Na temporada de 1999, Fabio Costa foi o regente assistente da Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto, estando à frente de mais de 25 concertos.
Fabio Costa estudou regência orquestral e de ópera (Korrepetition) na presitigiosa Academia de Música de Viena (mdw) entre 1996 e 1999 com uma bolsa de estudos da Fundação CAPES. Em 2001 e novamente em 2003, Costa participou das Master-Classes com Kurt Masur junto à OSESP; em 2001 foi selecionado para o National Conducting Institute da National Symphony Orchestra em Washington D.C sob a tutela de Leonard Slatkin; e em 2006, participou da Academia Chiggiana em Siena, Itália, recebendo orientação de Gianluigi Gelmetti.
Em 1997, Fabio Costa teve uma especial experiência formativa ao ser aceito pessoalmente por Claudio Abbado enquanto ouvinte do Festival de Salzburg daquele ano, onde pode acompanhar em primeira mão as atividades do grande maestro assim como de outros grandes naestros: John Elliot Gardiner, Seiji Ozawa, Valery Gergiev, Esa-Pekka Salonen, Bernhard Haitink e Christoph von Dohnány.
Entre 1990 e 1995, Costa foi chefe de naipe de oboés da Orquestra Experimental de Repertório, período em que também foi solista (concertos de Mozart e Strauss) e músico camerista. Possui bacharelado em oboé pela FASM (SP) e realizou estudos de especialização na Academia de Música Franz Liszt em Budapest com bolsa de estudos da Fundação VITAE.
Durante seus estudos em Viena, Fabio Costa cantou (barítono) em alguns dos melhores coros daquela cidade: Wiener Singverein, Schoenberg Chor, Concentus Vocalis Wien e Wiener Kammerchor; Costa ainda conta com uma experiência enquanto violista orquestral (1998-2000) e mais recentemente, trompista em conjuntos como a Orquestra Siblelius e a WindWerk de Berlim e igualmente na Berlin Concert Brass (tenorhorn, cornet).
Fabio Costa frequentou um MBA latu-sensu da Fundação Getúlio Vargas (2005). É o orgulhoso pai de Natan (2012) e reside em Berlim, Alemanha.
www.fabiocosta.info - Jan / 2023